«A UGT bateu-se e bate-se pelo aumento do salário mÃnimo e contra o combate de outras desigualdades, não é só o salário mÃnimo», afirmou, João Proença aos jornalistas, à margem de uma conferência sobre «Protecção Social», realizada em Lisboa. Para o lÃder da UGT, «as duas centrais sindicais, na última reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, pediram para essa matéria ser abordada».
Neste sentido, João Proença salientou que a UGT espera «discuti-la», mas de forma a que esse aumento se venha a materializar, isto porque é «um factor de justiça social». Quanto à queles que apontam que «o salário mÃnimo não deve aumentar porque isso vai pôr em causa o emprego, vai promover a destruição de postos de trabalho e vai aumentar o desemprego», o sindicalista contrapõe dizendo que este aumento pode ter «um efeito positivo sobre o emprego».
«Em Portugal, está provado que se há aumento de salários há um efeito negativo sobre o emprego. Mas por outro lado, o aumento de salários vai ter um efeito positivo sobre o crescimento económico, logo sobre o emprego. E os dois factores dão resultado praticamente nulo». Por isso, para a UGT, «provavelmente, o aumento do salário mÃnimo tem um efeito positivo sobre o emprego e tem, sobretudo, o efeito social muito importante de garantir à s pessoas uma vida com dignidade».
Quanto ao valor em que o salário mÃnimo se deverá situar, o responsável salientou que a UGT «tem o objectivo de chegar rapidamente aos 500 euros e continuamos a bater-nos por esse objectivo».